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PC relata que fraudes ocorreram na oferta de consignados e descarta participação de servidores

Em investigação preliminar sobre possíveis fraudes em empréstimos consignados, que vêm causando endividamento de servidores públicos, a Polícia Civil revelou que, até o momento, foram identificados crimes na relação de consumo. Os crimes foram cometidos por empresas responsáveis pela concessão dos empréstimos, e não há evidências de que servidores públicos tenham participado das fraudes.

Durante coletiva realizada nesta quarta-feira (28), o diretor metropolitano da Polícia Civil, delegado Wagner Bassi, o delegado regional de Cuiabá, Daniel Valente, e o delegado Rogério Ferreira, titular da Delegacia do Consumidor, esclareceram que as fraudes ocorriam de duas formas: a primeira consistia na oferta de novos empréstimos a servidores que já estavam no limite do consignado, quando, na verdade, tratava-se de cartão de crédito; a segunda envolvia fraudes na oferta de portabilidade dos consignados.

Os delegados explicaram que, até o momento, poucos boletins de ocorrência foram registrados por servidores ou sindicatos. Destacaram que, no ano passado, após o registro do primeiro boletim, foi iniciado um trabalho preliminar. No entanto, os avanços significativos só ocorreram após o recebimento de dados por meio de uma força-tarefa integrada pela Controladoria Geral do Estado (CGE), Secretaria de Planejamento e Gestão, e Procon Estadual.

Em relação às fraudes, os delegados relataram que a investigação tem sido dificultada pelo fato de os investigados possuírem diversas empresas, todas ligadas à oferta de crédito ao funcionalismo. “Há mais de uma empresa envolvida no mesmo tipo de fraude, ou em fraudes semelhantes. Sabemos que a principal empresa tem sede em São Paulo. Posso afirmar que, juridicamente, essas empresas existem, estão formalizadas. O problema está na ausência de informação ao servidor e na forma como ele é induzido no momento da oferta”, explicaram.

Os delegados também ressaltaram que, em muitos casos, as empresas mudam apenas o nome fantasia para persuadir os servidores a contratarem os créditos. “As investigações mostram que não se trata de uma única empresa. São sócios que mantêm várias empresas. Um dos investigados pela Polícia Civil possui mais de 33 empresas, várias delas ligadas à área de crédito. Trata-se de um grupo empresarial que atua de forma coordenada.”

Os nomes das empresas investigadas não foram divulgados.

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