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Abilio rompe contrato com empresa acusada de pagar propina a vereadores

Nesta terça-feira (13), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que não foi necessário rescindir o contrato da Prefeitura com a construtora HB20, alvo da Operação Perfídia, porque o prazo da parceria foi, coincidentemente, concluído no mesmo período em que vieram à tona as possíveis irregularidades relacionadas às obras da Avenida Contorno Leste.

“O contrato tinha prazo de validade. Ele encerrou, e a gente não o prorrogou, não fizemos aditivos”, explicou o prefeito, que também garantiu que uma nova licitação está sendo preparada para dar continuidade ao empreendimento.

Segundo Abilio, a qualidade dos serviços prestados pela empresa é duvidosa, e o Executivo está realizando uma auditoria para listar os reparos que terão de ser feitos pela construtora, que ainda possui responsabilidade sobre a garantia da obra. “Boa parte do que foi executado precisa ser corrigido, tem problemas, tem buracos, tem lugar em que a calçada está trincada, está desmanchando”, relatou.

Outro problema apontado pelo prefeito é o fato de a avenida ter sido construída sobre uma linha de transmissão da Eletronorte, subsidiária da Eletrobras, o que não foi considerado no projeto inicial e agora torna o processo de reparo mais burocrático.

“Depende da autorização da Eletronorte […] Quando eles [gestão anterior] fizeram a contratação das empresas responsáveis pela construção, não levaram em consideração que havia uma linha de transmissão embaixo”, disse.

Para Abilio, o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) cometeu um equívoco ao inaugurar apenas a primeira etapa da avenida, em dezembro do ano passado. “Porque agora ele coloca todo mundo em risco — à segurança das pessoas que moram e transitam no local”, criticou.

Operação Perfídia

Deflagrada no último dia 29 de abril, a Operação Perfídia, da Polícia Civil, investiga um suposto esquema de corrupção na Câmara Municipal de Cuiabá. Na ocasião, foram cumpridas 27 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão, sequestro de bens, valores e imóveis, além da quebra de sigilos telefônicos e eletrônicos.

Os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB) tiveram seus gabinetes vasculhados e foram afastados da Casa de Leis, sob suspeita de terem recebido propina da construtora HB20 para garantir a aprovação de uma matéria legislativa.

A denúncia do suposto esquema partiu de um funcionário da própria empresa. Segundo o inquérito, ao qual o MídiaJur teve acesso, o valor supostamente pago aos parlamentares teria sido de R$ 250 mil.

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