Presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande se acredita estar acima da lei!
Uma polêmica tomou conta da Câmara Municipal de Várzea Grande após o presidente da Casa, Wanderley Cerqueira, se recusar a nomear dois cargos indicados pelo vereador Feitoza para seu gabinete. A situação gerou um embate acalorado entre os parlamentares, com acusações de abuso de poder e desrespeito à legislação vigente.
Segundo Feitoza, a atitude de Wanderley representa uma afronta ao princípio da legalidade. Durante a discussão, o presidente teria afirmado que “iria cancelar a lei”, ao que o vereador rebateu: “Você pode tentar revogar a lei, mas enquanto ela estiver em vigor, ninguém está acima dela, nem mesmo o senhor”.
A legislação mencionada por Feitoza garante aos vereadores o direito de indicar cargos para composição de seus gabinetes, algo que, segundo ele, está sendo descumprido arbitrariamente por Wanderley. O caso gerou grande repercussão entre os demais parlamentares e no meio político de Várzea Grande, levantando questões sobre a conduta do presidente e sua interferência nas prerrogativas dos vereadores.
Desdobramentos e repercussão
A recusa de Wanderley em cumprir a lei em vigor é vista por alguns como uma tentativa de centralizar poder e controlar a atuação dos vereadores na Câmara. Outros acreditam que se trata de um mal-entendido administrativo, mas ressaltam a gravidade do conflito institucional.
Feitoza, por sua vez, garantiu que tomará as medidas necessárias para assegurar que seus direitos e os da população que representa sejam respeitados. “Não estou pedindo favor, estou exigindo o cumprimento da lei”, declarou o vereador, prometendo levar o caso ao Ministério Público, caso a situação não seja resolvida.
A postura do presidente Wanderley Cerqueira também levanta questionamentos sobre a transparência e a gestão da Câmara Municipal. Para a população de Várzea Grande, o episódio reflete uma disputa interna de poder que pode prejudicar o funcionamento do legislativo e, consequentemente, os interesses da cidade.
O que diz a lei?
O caso coloca em evidência o princípio básico do Estado de Direito: o respeito às normas legais. No Brasil, a Constituição Federal e as leis complementares garantem que nenhuma autoridade pública, seja ela de qual esfera for, está acima da lei. O descumprimento de normas vigentes pode caracterizar improbidade administrativa e levar a sanções judiciais.
Especialistas em direito público reforçam que qualquer tentativa de revogar uma lei deve seguir os trâmites regimentais e constitucionais, envolvendo a aprovação pelo plenário da Câmara. Até que isso ocorra, a lei permanece válida e deve ser cumprida.
Conclusão
A polêmica envolvendo o presidente da Câmara de Várzea Grande acende o alerta sobre os limites do poder e a necessidade de respeito às regras democráticas. Para a população, é essencial que seus representantes priorizem o diálogo e o cumprimento da lei, colocando os interesses coletivos acima de disputas pessoais e institucionais. O episódio ainda promete novos capítulos e pode culminar em ações judiciais, dependendo dos próximos passos dos envolvidos.